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Ideologia de gênero e o papa Francisco

Foto do escritor: PASCOM - Perpétuo SocorroPASCOM - Perpétuo Socorro

Na viagem de retorno da Geórgia e do Azerbaijão, semana passada, o Papa Francisco foi perguntado por repórteres sobre ideologia de gênero. O Papa foi enfático, mais uma vez, na condenação explícita de tal teoria. Ele afirmou que impor tais ideias às crianças na escola é maldade. Já no sábado, quando ainda estava na Geórgia, ele pronunciara: “uma grande inimiga, uma ameaça contra o matrimônio é a teoria de gênero”.

O Papa já havia, em outra ocasião, se referido a tal ideologia como uma “colonização ideológica”, comparando-a às ideologias nazistas e fascistas que se impuseram pela força e por meios variados, alguns totalmente desonestos e desumanos, e que acabaram provocando desastres horríveis na humanidade, incluindo a guerra mundial que dizimou milhões de vítimas inocentes. É bom recordar que, somente depois da destruição, se reconheceu por completo o mal que se assomou sobre a dignidade humana, resultando hoje na condenação generalizada daquelas terríveis ideologias do século XX.

É preciso tomar cuidados atualmente para que os ideólogos do gênero, fascinados como estavam os nazistas e os fascistas, não façam progresso e sejam detidos pelo bom senso e pelo respeito às famílias que desejem educar seus filhos sem tais imposições e não se cometa a nociva intolerância religiosa, impondo às famílias cristãs tal agressão à sua consciência, exigindo delas que deixem de acreditar em Deus Criador, Salvador e Santificador.

A defesa do respeito devido à mulher e a qualquer outra pessoa, independente do comportamento sexual, é tese praticada pela Igreja, porém tentar resolver a questão através de imposição de ideias duvidosas e irreais, e que agridam o direito das famílias é outra coisa.

Para o Papa Francisco, bem como para o Papa Emérito, Bento XVI, a coisa é tão séria que eles chegam a alertar que a ideologia de gênero, nas suas consequências, chega a negar a obra criadora de Deus e por fim a negar até mesmo a existência de Deus. Pois, se Deus não é reconhecido como criador da ordem humana como ensina a Sagrada Escritura – Homem e mulher os criou – (cf. Gên 1, 27), verdade sempre ensinada pelo Cristianismo, pelo Judaísmo e até pelo Islamismo, o deus que a ideologia de gênero possa admitir não será nunca o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, nem, muito menos, o Deus de Jesus Cristo.

Em 2014, uma entrevista feita com Francisco, gerou a publicação de um livro, cujo título em italiano é Papa Francesco: questa economia uccide (Papa Francisco: esta economia mata), no qual o Papa aponta novos “Herodes” da época moderna que “destroem, que tramam projetos de morte, que desfiguram a face do homem e da mulher, destruindo a criação”. O Papa exemplifica: “Pensemos nas armas nucleares, na possibilidade de aniquilar em alguns instantes um número muito elevado de seres humanos. Pensemos também na manipulação genética, na manipulação da vida, ou na ideologia de gênero que não reconhece a ordem da criação”.

O Papa Bento XVI já havia assinalado: “Quando a liberdade para ser criativo se torna liberdade para criar a si mesmo, então necessariamente o próprio Criador é negado e no final das contas também o homem é despojado de sua dignidade como criatura de Deus, como a imagem de Deus no núcleo do seu ser”, concluiu Bento XVI. “A defesa da família tem a ver com o próprio homem. E fica claro que, quando se nega a Deus, a dignidade humana também desaparece”.

Com Papa Francisco, os cristãos, sejam católicos, protestantes ou ortodoxos estão unidos na profissão desta crença.


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